A partir da década de 1950 a economia brasileira passou por profundas modificações. Era um país agoexportador, onde as pessoas viviam no campo e dedicavam-se a agricultura, e com a industrialização, as pessoas começaram a dirigir-se para as cidades. Essa mudança no perfil econômico no Brasil também se refletiu na estutura da população.
Como você pode ver na pirâmide etária ao lado:
• 1960: o Brasil apresentava uma situação típica de países pobres: alto índice de natalidade (base larga), alta taxa de mortalidade infantil (estreitamento do corpo da pirâmide) e baixa expectativa de vida (ápice estreito). Nesse período a população brasileira é majoritariamente jovem.
• 2010: Taxa de natalidade de natalidade diminue (estreitamento da base), adultos constituem maioria (corpo largo) e os idosos vivem mais (aumento das faixas etárias e pequeno alargamento do ápice).
INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
Jovens: Investimento em alimentação, saúde preventiva e educação (o custeio social dos jovens não representa gasto e sim investimento);
Adultos: Geração de empregos (o governo deve viabilizar a produção de riquezas);
Idosos: Aposentadorias dignas (dignidade para quem trabalhou a vida toda).
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) NO BRASIL
Denominamos população economicamente ativa a parcela da população voltada para o mercado de trabalho, ou seja, que esteja trabalhando ou procurando emprego.
A população ativa vem crescendo no Brasil, pois:
Vem aumentando a população adulta, como vimos na pirâmide acima;
O processo de industrialização, que vem ocorrendo desde a década de 1950, incorporou mão de obra feminina ao mercado de trabalho;
Por ser um país com grandes desigualdades sociais, o Brasil é um país que utiliza mão de obra infantil.
A QUESTÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL
O aumento da PEA e o incremento dos vários setores da economia gerou um aumento da produção de riqueza no Brasil mas, a renda gerada por essa produção de riquezas não está igualmente divida nas diferentes regiões do país.
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
É uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil.
O IDH varia de 0 a 1, sendo considerados de baixo desenvolvimento os países que atingem menos de 0,499 pontos, de médio desenvolvimento os que possuem notas de 0,500 até 0,799, e de alto desenvolvimento os países que atingem pontuação superior a 0,800.
- País com maior IDH: Noruega – IDH = 0,965
- IDH do Brasil: 0,792
- País com menor IDH: Níger – IDH = 0,311
O Brasil é a 10ª maior economia mundial porém, está na 73ª posição quanto ao IDH. Isso indica que o país é rico, mas isso não se reflete na condição de vida da população. Além disso, existe uma profunda desigualdade na qualidade de vida da população brasileira, inclusive sob o ponto de vista territorial.
- Região Sul: apresentam IDH mais elevado, comparável a países desenvolvidos.
- Estados do Centro: IDH médio;
- Regiões Norte e Nordeste: IDH baixo, comparável a países pobres.
*Resumo das aulas 52 - 55.